
Praia do Futuro em Fortaleza

Oceanário de Lisboa

Padrão dos Descobrimentos – Lisboa

Torre de Belém em Lisboa

Estação de trem em Ticino com Kurt

Castelos de Bellinzona – Ticino

Churrasco na montanha com essa vista

Aeroporto de Frankfurt
NOVA DELI
Uma dica muito boa onde se hospedar em Delhi sem dúvida é na região chamada Connaught Place. É uma área turística muito estratégica da cidade, tem bares, restaurantes, casas de câmbio e o principal que é a estação do metrô. Para se locomover em Delhi, uma boa saída sem dúvida é o metrô. É muito moderno e limpo, e isso foi surpreendente, porque eu esperava algo bem mais primitivo. Com o metrô é possível chegar a todos os pontos turísticos de Nova Delhi. Se preferir optar por rickshaw (tuktuk), também é possível, mas se prepare para passar um pouco de raiva e estresse para negociar, pois 80% dos motoristas vão querer te passar a perna. Acordei às 5:30 no meu primeiro dia na Índia, pois sabia que eu só teria aquele dia para conhecer a caótica Deli. Tomei meu café da manhã no hotel e sai às 6h. Do hotel parti rumo à estação de Connaught Place para pegar o metrô direção ao meu primeiro objetivo que era o Qutab Minar, um lugar incrível onde possui ruínas, outras construções muito antigas e o maior mirante de tijolos do mundo.
Ruínas de Quatb Minar

Chawri Bazaar – “O Inferno na Terra”. Sob a ótica de um mentiroso

Jama Masjid – A maior Mesquita da Índia

Portão da Índia – “Pedindo permissão para entrar na Terra do Apu”

Omelete com arroz frito e purê de batatas
AGRA
Agra: A cidade do Taj Mahal. Cheguei às 09:50 am na estação de Agra Cantt no trem que vinha de Delhi. Peguei um tuk tuk direto para o hotel, precisava tomar um banho e almoçar. Uma dica importante e valiosa que preciso dar é que toda vez que chegar a uma cidade nova na Índia, fale para o motorista de tuk tuk que já tem hotel reservado e pago, porque eles ficam insistindo em te levar nos hotéis que eles querem, pois eles ganham comissão, obviamente você pagará mais caro a diária do hotel recomendado pelo tuk tuk. No meu caso não tive problema com isso porque por coincidência, em toda cidade que eu chegava, eu já tinha hotel reservado com um dia de antecedência pelo site do agoda.com, de que tal maneira me economizava dor de cabeça, dinheiro e principalmente tempo. Para minha sorte, uma grata surpresa: Havia descoberto que o hotel era muito próximo ao Taj Mahal, e que uma caminhada de 10 minutos era suficiente para se chegar em um dos portões do Taj. Conversando com um motorista de tuk tuk, ele me recomendou que eu visitasse o Taj Mahal no dia seguinte às 5 da manhã, porque poderia ter uma vista lá, do nascer do sol que é incrível e que teria menos turistas para poder disputar um espaço. Com essas informações, combinei com o tuk tuk de me levar naquele dia até o Agra Fort e passar o final de tarde no Mehtab Bagh. Quando cheguei ao Agra Fort, o portão me impressionou muito, parecia outro mundo, algo fora de realidade. Pelo que lembro da história do Agra Fort, sei que foi usado muito tempo para proteger a cidade de invasões contra o império Mogol, e que foi onde os filhos do príncipe Shah Jahan o trancaram em uma cela para ver os seus últimos dias através de uma janela, o mausoléu que ele mesmo mandou construir para guardar o corpo da sua princesa mais conhecido como o Taj Mahal. O Agra Fort é um forte muito grande, possui imensos jardins muito bemcuidados, templos de mármore, e do alto é possível ver toda a cidade e inclusive o próprio Taj Mahal.

No Mehtab Bagh, aguardando o pôr do sol.

Uma sensação indescritível ao ficar de frente com famoso Taj Mahal

Cama superior lateral do vagão na classe AC3 TIER
JAIPUR
Durante a viagem de trem para Jaipur, eu procurava descansar um pouco, mas sempre verificando no google maps do celular, se o trem estava chegando, isso porque o trem não avisa que está chegando na estação onde vai parar, e também não é possível saber se a estação que o trem parou é exatamente a que você tem que descer. Se guiar pelo horário de chegada até que pode ajudar, mas como já disse antes, os trens na Índia atrasam, quando um trem atrasa acaba atrasando outro trem se transformando em um grande efeito cascata. Eu poderia até perguntar qual a estação descer, mas como se trata de um trem noturno, as pessoas estão dormindo, então ficaria complicado essa opção. Então ciente das dificuldades só há duas alternativas para não correr o risco de passar da parada: ficar olhando sempre pela janela e torcendo para haver alguma placa com o nome da estação, ou ficar no conforto do 3G usando google maps. A estação de Jaipur era apenas uma parada e não destino final do trem. O relógio marcava uma hora e meia da madrugada, faltava apenas 50min para chegar em Jaipur. Naquele momento cometi a infelicidade de adormecer nos minutos finais. Quando acordei, percebi que o trem estava parado. Fui verificar no google aonde eu estava, mas o celular se encontrava sem sinal de internet, levantei da cama e olhei pela janela e vi uma placa dizendo: Jaipur (JP). Era exatamente onde eu tinha que descer. De repente o trem começou a andar, peguei minha mochila desesperado e com os tênis na mão, apenas de meia no chão fui em direção a porta do vagão. O trem estava começando a acelerar então pulei para fora com o vagão em movimento. Confesso que foi uma coisa muita perigosa que fiz, mas que bom que deu tudo certo rss. Calcei meu tênis, lembro que estava com muita sede, a estação estava completamente deserta, mas havia uma barraquinha aberta. Comprei minha água e fui indo para a saída da estação quando se aproximaram dois indianos, perguntando para onde eu iria. Eram 2 garotos motoristas de Tuktuk, oferecendo a corrida para o hotel. Como não havia mais opção aceitei e fomos para hotel que eu já tinha feito reserva pelo Agoda.com quando estava em Agra. Durante o caminho. Um dos garotos estava me perguntando sobre o que eu faria no dia seguinte, quais eram os meus planos. Eu tinha como objetivo em Jaipur explorar Gatore Ki Chhatriyan, Jal Mahal, Albert Hall, Hawa Mahal e o mais importante: O Amber Fort – o maior fort da Índia. Eu teria em Jaipur 1 dia e meio para aproveitar, então fechei com o garoto 1300 rupias os quase 2 dias para me levar a esses lugares. Chegamos no hotel no centro de Jaipur em MI Road Area, um área bem calma, peguei minha mochila e me despedi dos 2 garotos, fiz o checkin e fui direto para o quarto, tomei uma ducha, no qual fiquei bastante feliz, pois era o primeiro hotel em que o quarto tinha um banheiro com chuveiro, os outros eram banho na caneca kkkk. Estava bastante cansado ainda mais depois do apuro que passei no trem, finalmente cai na cama e adormeci em questão de segundos. O alarme do celular tocava as 8:00 da manhã, acordei molhado de suor, tinha esquecido de ligar o ar condicionado quando fui dormi, mas por outro lado estava bem descansado para encarar o dia inteiro explorando. Tomei outra ducha, fui tomar café da manhã e esperar pelo Chappoo, (não sei se é assim que se escreve) era nome de um dos garotos com quem negociei no dia anterior as corridas. Logo após o café, esperei por eles em frente ao hotel. Como combinado Chappoo chegou no horário correto e fomos em direção a nossa primeira parada: Garote Ki Chhatriyan Não sei exatamente como descrever esse lugar, mas chamava muito atenção a sua construção, antiga e muito preservada com uma cor rosa parecido com salmão e para minha sorte estava completamente vazio.
Gatore Ki Chhatriyan e a minha tatuagem de henna com o símbolo de Jaipur.




Os indianos gostam muito de pedir para tirar fotos com outros turistas

Guarda no final da escada espantando os macacos

Jal Mahal – Vista do outro lado do rio

Final de tarde com os elefantes em Jaipur

Aproveitando o por do sol na varanda do hotel.

Jawa Mahal visto do Tuk Tuk
UDAIPUR
Depois de uma noite de sono, quero dizer, de viagem no vagão indiano, pela janela do trem conseguia enxergar o sol nascendo, o relógio marcava um pouco mais de 6:00am, Udaipur já se aproximava do meu roteiro. O trem chegou na Estação de Udaipur (UDZ) em ponto para a minha grande surpresa. A partir daquele momento começaria a parte mais difícil da minha aventura pela Índia, pois eu deixaria Udaipur naquele mesmo dia, rumo ao deserto do Thar, em Jaisalmer cidade fronteiriça com o Paquistão. O grande problema era que entre Jaisalmer e Udaipur não existe um caminho para percorrer de trem, apenas por estrada, mas esse era o meu grande medo. As estradas na Índia são bastante precárias com inúmeros registros de acidentes. Em todos os lugares que pesquisei na internet e que li em livros aconselharam fortemente a nunca pegar estrada na Índia. Bom, pelo visto eu não tinha escolha. Peguei um Tuktuk assim que sai da estação de trem e fui procurar uma empresa de ônibus que fazia o percurso Udaipur-Jaisalmer. Comprei o Bilhete de ônibus por 700 Rúpias, pela empresa Kalpana Travels, que aliás possui infinitas reclamações pelo trip Advisor, e isso aumentava mais ainda minha angústia. Como meu ônibus partiria só a noite, e ainda era de manhã naquele mesmo dia, aproveitei o meu tempo andando com meu mochilão pelas ruas de Udaipur. Como disse antes, Udaipur é a cidade dos Lagos, apesar de ficar no quente estado do Rajastão, até que é uma cidade fresca, devido a presença de lagos em volta da cidade. Udaipur ao contrário de outras cidades da Índia, é muito calma e tranquila, não há aquele caos que presenciei nas outras cidades até então, por isso é conhecida também como a Veneza da Ásia.
Udaipur vista do terraço de um prédio

Margens do Lago de Udaipur (ambiente “fresquinho” apesar do sol)

Pôr-do-sol de Udaipur (como já dito nessa experiência, o pôr-do-sol na Índia é uma atração a parte)
JAISALMER
Antes de continuar, preciso dizer algumas coisas que não foram mencionadas durante o relato. Antes de viajar para a Índia, contatei um maluco através de uma recomendação de uma amiga que teve uma experiência incrível no deserto do Thar. Esse maluco se chama Abu, (tenho a impressão que todas as pessoas se chamam Abu na índia kk) que tem um hostel em Jaisalmer e que leva as pessoas para passarem uma noite no deserto. A empresa é Abu Safari, para quem quiser a experiência, só digo uma coisa: Os caras são bons viu. Contatei Abu via Facebook e combinei com ele de me buscar no ponto de descida em Jaisalmer. Desci do ônibus e ali estava o próprio, de Harley Davidson, com um papo de “Life is mama mia”, apenas aguardando minha chegada. Sem saber, começava então a parte mais incrível da minha viagem, bem merecido depois de aguentar o perrenge de se chegar até aqui. De moto fomos até o hostel. Jaisalmer é praticamente uma cidade muçulmana, foi bem divertido andar de moto e ao mesmo tempo observar a cidade e os moradores. Se Jaipur é a cidade rosa, se Udaipur é a cidade dos Lagos, logo Jaisalmer é a cidade Dourada do Rajastão. Por fim chegamos ao Hostel, e obviamente queria passar a noite no deserto daquele mesmo dia, porque tinha que deixar Jaisalmer no dia seguinte. Negociei com Abu os valores: 1500 Rúpias pela noite no deserto, mais estadia e conforto no hostel, foi um preço bem justo considerando tudo. Estava morrendo de fome, o calor estava de matar, a temperatura beirava os 49ºC. Acomodei minhas coisas em um dos beliches do hostel e fui almoçar no restaurante do terraço.
Beliche do Hostel: Ambiente bem islâmico mesmo, e o pior é que não haviam ar condicionados, apenas ventiladores de teto que só servem para espalhar o ar quente do quarto.


Almoço no terraço do hostel: Almoçando com essa linda vista. Alías foi a mesma vista em que Bruce Wayne teve quando conseguiu sair do buraco que Bayne o colocou para morrer em Batman cavaleiro das trevas Ressurge.


Ruínas de Kolkata – Fronteira com Paquistão

Um completo vazio e silencio, percebe-se a ausência até de animais, como pássaros.

Deserto do Thar – Finalmente chegamos


Nascer-do-sol no deserto: tomando café ou melhor, Chai com essa linda vista.

Café da manhã no deserto


JODHPUR
Apesar de ter sido uma longa viagem de trem, por outro lado foi bem tranquilo, o vagão não estava muito cheio. Chegamos a Jodhpur – A cidade Azul do Rajastão às 2 horas da madrugada. Subi em um tuk tuk com mais outro gringo para chegar ao hotel onde tinha reservado pelo Agoda.com. No caminho para o hotel o motorista expressava não saber para onde ir, teve uma hora que ele desceu do tuktuk para perguntar e esqueceu de acionar o freio de mão e o veículo começou a descer a rua, quando consegui com os pés frear, foi um cena um pouco cômica para não dizer outra coisa. Sem paciência, peguei meu celular e coloquei no google maps, e fui guiando o tuktuk até o hotel. Finalmente chegamos, Ufa! Precisava logo dormir, pois teria pouco tempo para conhecer Jodhpur, já que eu pegaria um Avião as 14hrs da tarde naquele mesmo dia. Na cidade Azul do Rajastão, as duas grandes atrações sem dúvida são o Forte da cidade e as casinhas azuis. Infelizmente não teria tempo para andar pela cidade azul, então meu plano era pegar um tuktuk direto para o fort no qual ficava no alto da colina sobre a cidade. Dormi poucas horas e fui tomar café da manhã. Durante o café perguntei para um indiano do Hotel que na verdade parecia mais um hostel qual será a senha do wifi, e ele me respondeu algo em hindu sei lá, como não entendi absolutamente nada, entreguei meu celular para ele digitar a senha e logo me disse que era para digitar eu mesmo, dizendo que a tal senha era 10,9,8,7,6,5,4,3,2,1. (Nossa porque ele não disse isso antes?) O indianos adoram complicar as coisas rss. Depois da senha perguntei para o mesmo indiano do wifi se o forte Ficava perto dali, então ele me disse que ao subir as escadas para o terraço do hostel responderia a minha tal pergunta. Terminei de tomar o café e subir as escadas, ao chegar no roof do prédio dei de cara com isso:
Vista do terraço do Hostel

O Brahmanis pintavam as cores de azul para dar aquela sensação refrescante já que a cidade de Jodhpur fica em uma região bastante quente.

Saindo do Avião no Aeroporto de Nova Délhi, um dos mais movimentados do mundo.
AMRITSAR
Minha conexão era de 2 horas, então andei pelo aeroporto mesmo afim de gastar o tempo. Havia esquecido de mencionar como o aeroporto de Deli é gigantesco, o piso é todo no carpete referenciando claro a região Hindu. Acho que o único aeroporto que já fui que é maior pelo que eu lembro é o de Cingapura. Enfim aguardei peguei o outro avião que felizmente a viagem foi bem mais tranquila que a anterior e cheguei a cidade sagrada dos Sikhs – no Estado do Punjab. Sem saber o que me esperava, Amritsar seria bem mais inesquecível do que foi Agra. Amristsar possui uma das principais maravilhas da Índia: O Templo Dourado. Pensando nisso, quando estava em Jaisalmer tinha aproveitado para fazer reserva em um hotel bem próximo ao templo pelo Agoda.com. Saindo do Aeroporto de Amritsar, peguei um Táxi direto para o hotel. Pelo caminho observei pela janela do carro e conclui que Amritsar em nível de caos no trânsito e sujeira chega bem perto de Agra, a cidade do Taj Mahal. Pelo meu google maps, estava 2 minutos de carro do hotel, mas o trânsito estava terrível, não saíamos do lugar. Decidi pagar o motorista e sai da carro e continuar a pé, felizmente eu tinha internet no Smartphone se não iria ser mais difícil localizar o hotel andando sozinho. Após um 6 minutos caminhando em uma das ruas estreitas da cidade no meio dos homens Sikhs de turbante, de surpresa dei de cara com o muro do Golden Temple – O templo Dourado Sagrado dos Sikhs. E mais na frente o meu hotel. Minha vontade era de já entrar para ver o templo, mas como já estava tarde deixei isso com muita ansiedade para o dia seguinte. Cheguei no Hotel, fiz o Check in e fui para o quarto, dormi como uma criança, mas sem parar de pensar no Templo. Acordei Bem cedo, tomei café e fui direto ao templo. Para entrar no Golden Temple é preciso esconder os cabelos tanto para homens quanto para mulheres, e deixar os calçados nos lockers que ficam nas entradas, usar calças e blusas longas. Me lembro da primeira vez que vi o Templo foi indescritível.
Golden Temple onde são servidas as refeições, o único problema era a fila enorme


Tomando Cerveja no HofBräuHaus, estava tendo jogo entre Bayern e Borussia no dia pela Copa da Alemanha

A temperatura batia -12º, estava congelante, mas gosto muito de tempo assim.